Tudo tão cinzento, tudo sem cor, tudo igual de um dia para outro…simplesmente não quero mais estar cansada, solitária e abalada…..palavras que batem fortemente na alma……cansada de cuidar de mim própria, simplesmente queria que alguém tomasse conta de mim porque neste momento a minha cabeça não da para mais, queria simplesmente sentir o cafune leve no meu cabelo enquanto estou deitada em repouso a tentar recuperar as poucas energias que tenho…..ano de sugar de baterias…e sei que tudo o que saiu da minha vida merecia ter saído e não guardo qualquer tipo de rancor, só um desejo de "boa viagem"…..mas foram tantos os bocados que de mim foram tirados que, neste momento não passo de uma folha de papel esmagada e esfuracada…como dizer adeus aos poucos momentos de felicidade? e já agora porque não vejo as cores como elas são? onde desliguei este interruptor?...
A realidade é que falhei…não
perante os outros, mas perante mim mesma…eu estive em guerras que não eram
minhas……ajudei em sonhos que não eram meus……fui menina boa, menina de sonhos, excelente
pessoa e namorada, mas isso tudo serviu para que mesmo? Eu falhei…falhei por
ter esquecido o meu amor próprio…. Falhei por tentar fazer com que os outros
sejam felizes e eu me esqueci o que isso significa……e agora estou perdida tentando
avaliar no meio de feridas e cicatrizes onde estou? para onde vou? e quem sou?.....Sentimento obsceno de haver sido tocada por Medusa e aos poucos vou-me transformando em uma pedra sem qualquer
tipo de sentimento ou reação e para ser sincera isso me assusta, eu já andei nesse piloto automático por algum tempo….sinto
que estou perdida em um mar negro de escuridão…um bacio perfeito onde o meu
corpo simplesmente flutua ao som da corrente……e fica perdido e relaxado
nessa sensação….as lagrimas caem do meu rosto porem não sei os motivos só sei
que algo magoa o meu interior e sei que ninguém tem a culpa a não ser eu mesma,
eu provoquei os mesmo erros de um passado não aprendido que de ano para ano o somatório do leilão vá aumentando e sinto que já não tem como curar o incurável….é como um osso fraturado, ele se reconstrói com os cuidados necessários porem a marca dessa
fratura é evidente e o que autora era chamado de resistência agora é uma mistura
de fragilidade e vulnerabilidade…..aquele bocado de osso nunca voltara a ser o mesmo….e eu já me parti tantas vexes que já não tenho forças para me
cicatrizar…..não tenho vitaminas em SOS das quais possa chamar e utilizar
porque negligencie as sinapses ou simplesmente dei atenção a doses de veneno……
Tanta coisa e ao mesmo tempo um
nada….o meu chamado mais feminino foi trazido a superfície onde a personalidade de
princesa esta presa em um corpo de Fiona e onde para a maioria das pessoas a
imagem de ogré é a única coisa destacável…..hoje simplesmente quero render-me e
mostrar uma bandeira branca a tudo o que tenho sentido…..
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